segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

JOLIBERT E A PEDAGOGIA DE PROJETOS

LER JOLIBERT, Josete, É SEMPRE ENRIQUECER E MUITO A FORMAÇÃO DE UM EDUCADOR, VEJA SÓ ALGUMAS PRODUÇÕES A PARTIR DAS TEORIAS DE JOLIBERT ACERCA DA PEDAGOGIA DE PROJETOS...




COMEÇAR POR ESSA TABELINHA É BEM PRÁTICO, CORRETO E FUNCIONAL:






O que
sabemos
O que queremos saber
Como vamos
saber
O que
vamos fazer
Quando
vamos fazer




QUANDO O PROFESSOR TEM CLAREZA DAS PROBLEMÁTICAS E PERCORRE CAMINHOS PARA RESPONDÊ-LAS, ACABA POR FECHAR AS DÚVIDAS. TENDO ESSA BASE COMO PONTAPÉ INICIAL O PROFESSOR PESQUISADOR CONSEGUE DELINEAR O PERCURSO DE SEU PROJETO COM RIQUEZA DE DETALHES. 
QUANDO REFLETIMOS SOBRE O QUE SABEMOS, LOGO NOS DAMOS CONTA DO QUE QUE PRECISAMOS SABER...

ENTÃO AO INICIAR AS PESQUISAS, COLOCAMO-NOS NA DIREÇÃO DO QUE QUEREMOS SABER E ISSO NÃO É UM BUSCAR NEUTRO, VALE LEMBRAR QUE AS BUSCAS SÃO SUBJETIVAS AO INTERESSE DE CADA EDUCADOR. POR ISSO, MUITA ATENÇÃO AO SEU GRUPO, POIS, SÓ ASSIM É POSSÍVEL DETERMINAR O QUE É NECESSÁRIO SABER. NUMA PRODUÇÃO DE TEXTO, POR EXEMPLO, É SABIDO PELO MESTRE O QUE PRETENDE TRABALHAR EM ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA QUANDO SE ESCOLHE TRABALHAR COM UMA NOTÍCIA, É CERTO QUE AO MESMO TEMPO, TRABALHA-SE A FUNÇÃO SOCIAL DESSA E O ALUNO SÓ GANHA EM TODOS OS SENTIDOS, SENDO ELE UM SUJEITO SOCIAL. 
COMO VAMOS SABER? TEMOS O COMPROMISSO DE INCENTIVAR A PESQUISA E A BUSCA DE NOVAS DESCOBERTAS EM NOSSOS ALUNOS. ESSE INCENTIVO PODE SER VEICULADO DE INÚMERAS MANEIRAS, NESSE BLOG, TEMOS UM ARTIGO QUE AUXILIA COM DICAS SOBRE FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PARA UM ENSINO CONSTRUTIVISTAhttp://educacaoepraxis.blogspot.com/search?updated-min=2011-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2012-01-01T00:00:00-08:00&max-results=5, ALÉM DE INÚMEROS RECURSOS E ESTRATÉGIAS QUE AUXILIAM NESSE PROCESSO. LEVAR EM CONSIDERAÇÃO AS INFORMAÇÕES TRAZIDAS PELO ALUNO É ALGO INDISPENSÁVEL, ASSIM O PROFESSOR ENVIESA O PROJETO AS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS QUE NELE SE OBJETIVA "ELUCIDAR O SUJEITO DO PROCESSO".
O QUE VAMOS FAZER?
EM PESQUISAS SOBRE O TEMA ENCONTREI UM ROTEIRO SIMPLES E INTELIGENTE ACERCA DO TEMA, POR Thereza Cristina Bordoni

Apresentação aos alunos - É a vez de os alunos tomarem contato com o projeto. O tema deve ser significativo, isto é, deve estar relacionado com a vida ou com os interesses naturais dos alunos. A primeira etapa corresponde à ampliação do significado do tema a ser trabalhado. Uma maneira simples de conseguir essa informação é perguntar aos alunos o que sabem a respeito, anotando os comentários.
Dica - Esteja atento ao burburinho da sala de aula, para perceber os vários temas de interesse para a turma.
Se for o caso, pesquise o tema com os familiares ou com a comunidade. Eles também podem fazer parte da primeira sondagem. Em séries iniciais, o próprio professor pode elaborar uma folha de perguntas sobre o tema, para que cada aluno leve para os pais responderem.
Sensibilização - É o momento detonador do projeto. Procura-se despertar o interesse pelo tema, com filmes, palestras ou qualquer outro atrativo. O objetivo é que os alunos levantem questões e situações-problema. Pode durar duas ou três aulas.
Monte com os alunos o quadro de cognição.
Planejamento detalhado - Após o levantamento das perguntas dos alunos sobre o tema, o professor faz um novo planejamento. As questões a serem abordadas são agrupadas por tópicos, como os capítulos de um livro. Estes, por sua vez, vão compor um índice de assuntos.
Dica - É fundamental que os professores tenham clareza das etapas a serem cumpridas e dos objetivos a serem alcançados. Desta forma, os alunos saberão por que e para que estão realizando o projeto.

Faça um cartaz do quadro de cognição e coloque em lugar visível para todos.
Pesquisa/Levantamento de dados - Divididos em grupos, os alunos começam a pesquisar os assuntos. As fontes são diversas: internet, jornais, revistas, livros, TV. Eles também podem escolher pessoas para entrevistar (historiadores e economistas, por exemplo). Cada aluno deve ser orientado a manter uma pasta-arquivo individual. No final, cada grupo monta um dossiê do trabalho. Esse dossiê mostrará a evolução do grupo: o que os alunos sabiam anteriormente e o que eles aprenderam.
Dica - É importante selecionar muito bem o material de pesquisa, para que seja de fácil acesso e entendimento.
Desenvolvimento - Essa etapa do projeto vai depender de cada turma. Um mesmo projeto, por exemplo, pode ter um desenvolvimento diferente em duas classes. É o momento em que os alunos coletam mais informações, fazem visitas ou entrevistas e estruturam o trabalho final.
Dica - É fundamental estabelecer um horário semanal para que um professor fique de plantão para tirar dúvidas, acompanhar o que cada grupo vem fazendo e ajudar a redirecionar as pesquisas, se necessário.
Trabalho final - É feito em grupo e vai mostrar a síntese do aprendizado ao longo do projeto. Pode ter formas diversas, como um jornal, uma produção em vídeo, uma apresentação teatral. A decisão sobre o que fazer fica por conta dos alunos. É mais interessante que o projeto também seja exposto a outras pessoas que não participaram de sua elaboração (colegas, professores, pais e comunidade).
Dica - O ideal é que cada grupo de trabalho tenha de três a quatro alunos. Quanto mais heterogêneo o grupo, melhor. Diferenças produzem divergências positivas.
Avaliação - A base da avaliação é a participação do aluno em todas as etapas do trabalho, mas o mais importante é que os critérios sejam claramente expostos no início do projeto. Serão avaliados vários aspectos, entre os quais o empenho na busca e seleção de informações, a participação nas discussões e o desvelo na elaboração do trabalho final. Todos os participantes do projeto (inclusive professores) devem fazer sua auto-avaliação.
Dica - O aluno deve ter conhecimento de como será avaliado. Uma alternativa é utilizar a avaliação aberta. Assim, o aluno toma consciência de como está seu desempenho durante o projeto.
A Pedagogia de Projetos permite viver numa escola alicerçada no real, aberta às múltiplas relações com o exterior. Vida cooperativa da aula e projetos...projetos referentes à vida cotidiana, projetos-empreendimentos, projetos de aprendizado, cooperativamente construídos, cooperativamente avaliados.
Bibliografia:
JOLIBERT, Josete. Formar ninõs lectores de textos. Chile: Hachete, 1991.
ALBA, Alicia. Curriculum: crisis, mito y perspectivas. México: UNA, 1991.

AGORA ESCOLHA O TEMA E MÃOS À OBRA!!!!

PEDAGOGIA DE PROJETOS


UFBA 

Apesar das teorias de Piaget, Vigotsky e seus seguidores, que defenderam a aprendizagem baseada na interação com o ambiente, os objetos do cotidiano, a cultura socio-histórica e principalmente com outros indivíduos, a cultura escolar ainda contempla uma série de tradições que privilegiam determinados padrões de aprendizagem, que têm sido questionados e exigem mudanças com o objetivo de alcançar um processo mais abrangente, plural e que atenda as diversidades de cultura, comportamento, e características próprias de cada aluno de uma sala de aula ou de uma classe.


A racionalidade exige que tudo seja organizado, sintetizado, hierarquizado, explicado e o pensamento lógico-matemático, dedutivo, quantificável, seqüencial, demonstrável são padrões arraigados no cotidiano escolar de forma já cristalizada que muitas vezes é difícil até mesmo identificá-los e compreendê-los.

Ainda hoje e de um modo geral, as experiências, vozes e histórias dos alunos, que dão sentido às suas próprias vidas, não são levadas em consideração no processo de ensino-aprendizagem.





As práticas escolares tradicionais possuem duas características que descrevem perfeitamente o modelo:
  • a primeira está ligada essencialmente aos modelos dominantes de construção do conhecimento, onde delimitação, parâmetros e coerência são os focos centrais.
  • a segunda está relacionada aos procedimentos adotados, ou seja, o conhecimento é livresco, tratado como transmissão unidirecional, através da exposição oral, da leitura linear, da repetição e da memorização.

Porém se entendermos o espaço escolar como um espaço destinado a embates ou discussões, e se acreditarmos que o fazer pedagógico é uma ação de política cultural, podemos defender a idéia que a escola é um local privilegiado para a ampliação das habilidades e capacidades humanas, de modo a contribuir para que os diferentes indivíduos que nela desempenham seus papéis sociais possam elaborar suas intervenções na formação de suas próprias cidadanias.


A Pedagogia de Projetos começou a ser conhecida no Brasil, a partir da divulgação do movimento conhecido como "Escola Nova", contrapondo-se aos princípios e métodos da escola tradicional. Esse movimento foi resultado de pesquisas de grandes educadores europeus como Montessori, Decroly, Claparède, Ferrière e outros, e teve, na América do Norte, dois grandes representantes: John Dewey e seu discípulo, William Kilpatrick. Foram estes americanos que criaram o "Método de Projetos" e suas propostas pedagógicas foram introduzidas e disseminadas no Brasil principalmente por Anísio Teixeira e Lourenço Filho [Duarte, 1971].
A "Métodologia de Projetos" de Dewey e Kilpatrick, é considerada um "método" que deve passar a ser uma postura pedagógica. A Pedagogia de Projetos tem sido encarada, de alguma maneira como mais um modismo na área educacional, já que praticamente todas as escolas trabalham ou dizem trabalhar com Projetos nos dias de hoje. Porém a falta de conhecimento sobre essa prática tem levado o professor a conduzir atividades totalmente incipientes rotulando-as de Projetos.
Mais do que uma técnica atraente para transmissão dos conteúdos, como muitos pensam, a proposta da Pedagogia de Projetos é promover uma mudança na maneira de pensar e repensar a escola e o currículo na prática pedagógica. Com a re-interpretação atual da metodologia, esse movimento tem fornecido subsídios para uma pedagogia dinâmica, centrada na criatividade e na atividade discentes, numa perspectiva de construção do conhecimento pelos alunos, mais do que na transmissão dos conhecimentos pelo professor.

A Pedagogia de Projetos surgiu da necessidade de desenvolver uma metodologia de trabalho pedagógico que valorize a participação do educando e do educador no processo ensino-aprendizagem, tornando-os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de cada Projeto de Trabalho.




INICIANDO O ANO...



ACREDITO QUE ESSE TEXTO NOS INCOMODE UM POUQUINHO... ASSIM ESPERO!!!

EDUCANDO O OLHAR DA OBSERVAÇÃO

APRENDIZAGEM DO OLHAR
Madalena Freire Welfort[1]

            Não fomos educados para olhar pensando o mundo, a realidade, nós mesmos. Nosso olhar cristalizado nos estereótipos produziu em nós paralisia, fatalismo, cegueira.
            Para romper esse modelo autoritário, a observação é a ferramenta básica neste aprendizado da construção do olhar sensível e pensante.
            Olhar que envolve ATENÇÃO e PRESENÇA. Atenção que segundo "Simone Weil" é a mais alta forma de generosidade. Atenção que envolve sintonia consigo mesmo, com o grupo. Concentração do olhar inclui escuta de silêncios e ruídos na comunicação.
            O ver e o escutar fazem parte do processo da construção desse olhar. Também não fomos educados para a escuta. Em geral, não ouvimos o que o outro fala; mas sim o que gostaríamos de ouvir. Neste sentido imaginamos o que o outro estaria falando... Não partimos de sua fala; mas de nossa fala interna. Reproduzimos desse modo o monólogo que nos ensinaram.
            O mesmo acontece em relação ao nosso olhar estereotipado, parado, querendo ver só o que nos agrada, o que sabemos, também reproduzindo um olhar de monólogo. Um olhar e uma escuta dessintonizada, alienada da realidade do grupo. Buscando ver e escutar não o grupo (ou o educando) real, mas o que temos na nossa imaginação, fantasia - a criança do livro, o grupo idealizado.
            Ver e ouvir demanda implicação, entrega ao outro.
            Estar aberto para vê-lo e/ou ouvi-lo como é, no que diz, partindo de suas hipóteses, de seu pensar. É buscar a sintonia como o ritmo do outro, do grupo, adequando em harmonia ao nosso.
            Para tanto, também necessitamos estar concentrados com nosso ritmo interno. A ação de olhar e escutar é um sair de si para ver o outro e a realidade segundo seus próprios pontos de vista, segundo sua história.
            Só podemos olhar e sua história se temos conosco mesmo uma abertura de aprendiz que se observa (se estuda) em sua própria história.
            Neste sentido a ação de olhar é um ato de estudar a si próprio, a realidade, o grupo à luz da teoria que nos inspira. Pois sempre "só vejo o que sei" (Jean Piaget). Na ação de se perguntar sobre o que vemos é que nos rompemos com as insuficiências desse saber, e assim, podemos voltar à teoria para ampliar nosso pensamento e nosso olhar.
            Este aprendizado de olhar estudioso, curioso, questionador, pesquisador, envolve ações exercitadas do pensar: o classificar, o selecionar, o ordenar, o comparar, o resumir, para assim poder interpretar os significados lidos. Neste sentido o olhar e a escuta envolvem uma AÇÃO altamente movimentada, reflexiva, estudiosa.
            Neste processo de aprendizagem venho constatando alguns movimentos na sua construção:
            -movimento de concentração para a escuta do próprio ritmo, aquecimento do próprio olhar e registro da pauta para observação. O que se quer observar, que hipóteses se quer checar, o que se intui que não se vê, não se entende, não se sabe qual o significado, etc.;
            - O movimento que se dá no registro das observações, segundo, seguindo  o que cada um se propôs na pauta planejada. Onde o desafio está em sair de si para colher os dados da realidade significativa e não idealizada;
            - O movimento de trazer para dentro de si a realidade observada, registrada, para assim poder pensá-la, interpretá-la. É enquanto reflito sobre o que vi, que a ação de estudar extrapola o patamar anterior. Neste movimento podemos nos dar conta do que ainda não sabemos, pois iremos nos defrontar com nossas hipóteses adequadas e inadequadas e construir um planejamento do que falta observar, compreender, estudar.
            Este planejamento aponta para dois movimentos:
            Um, que vai lidar com a construção da nossa pauta de observação segundo os movimentos já mencionados para sua construção. Ou seja, a observação avalia, diagnostica, a zona real do conhecimento para poder, significativamente, lançar (casando conteúdos da matéria com conteúdos do sujeito, da realidade) os desafios da zona proximal do conhecimento a ser explorado.
            Outro que concentra-se devolução (sair de si, outra vez...) para construção de propostas de atividades (enraizadas nas observações feitas para o grupo onde novos desafios  irão ser trabalhados).
            Podemos concluir, portanto, que o ato de observar envolve todos os outros instrumentos: a reflexão, a avaliação e o planejamento; pois todos se entrecruzam no processo dialético de pensar a realidade.


[1] WEFFORT, Madalena Freire et. Al. Educando o olhar da observação. In: WEFFORT, Madalena Freire et. Al. Observação, registro, reflexão. São Paulo, Espaço Pedagógico, 1997, p. 10-36.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

INSPIRAÇÃO DE FÉRIAS...

NESSE PERÍODO DE FÉRIAS, VOU ESCREVER SOBRE PEDAGOGIA DE PROJETOS E SOBRE POEMAS CANTADOS COMO FORMA DE LEITURA BASEADA NO PRAZER, OBSERVAÇÃO E REFLEXÃO...
BJS.... LT.